
A história de Elden Ring é densa, fragmentada e repleta de mitos e lendas que se entrelaçam de maneiras complexas. Comecemos pela ErdTree, um símbolo central das Terras Entre, que representa a ordem do mundo antes de sua fragmentação. O Elden Ring era a chave para manter o equilíbrio cósmico, mas sua destruição e a morte de seu guardião, a deusa Marika, resultaram em um cataclismo que levou o mundo à decadência.
O Surgimento do Tarnished
Em um mundo onde os mortais são exilados e marcados pela falta de graça (uma marca de desonra), o Tarnished — o protagonista — é chamado de volta às Terras Entre após a destruição do Elden Ring. Esse ser exilado é convocado pela promessa de restaurar ou reconfigurar o Elden Ring. Mas o Tarnished não é o único a querer essa tarefa, pois vários Demigods, filhos da deusa Marika e outros deuses, também possuem fragmentos do Elden Ring chamados de Great Runes e buscam usá-los para ascender ao poder.
Os Demigods são figuras centrais dessa luta, e entre eles temos:
- Godrick, o Gordão, um Demigod com grandes ambições, mas com habilidades limitadas. Ele é descendente do poderoso Godfrey, o primeiro Elden Lord. Sua busca pela ascensão é marcada pela crueldade e pela obsessão pelo poder. Ele se funde com criaturas e usa a Grande Ruína em sua tentativa de se tornar mais forte, mas no final, ele falha em sua busca pelo poder supremo.
- Malenia, a Filha do Criador, uma das figuras mais trágicas e poderosas. Ela luta contra uma doença que corrói seu corpo, mas sua vontade de viver e regenerar o mundo a torna uma adversária implacável. Ela se torna o símbolo da resistência contra a morte e da regeneração. Sua luta é também uma reflexão sobre os limites da dor e da luta pelo poder.
A Queda do Elden Ring e a Morte de Marika
A destruição do Elden Ring começa com Marika, que, insatisfeita com o que o Elden Ring representa e com a ordem que ele impõe ao mundo, toma a decisão fatal de destruir o próprio artefato. Ela quebra o Elden Ring, causando uma ruptura no tecido do mundo e, com isso, a queda da grande árvore Erdtree, o símbolo de estabilidade. Ela também se separa de seu consorte, Radagon, e o mundo entra em um estado de caos e decadência.
Marika, apesar de ser uma deusa, também era uma figura incompleta e atormentada. Sua decisão de quebrar o Elden Ring foi uma tentativa de mudar as coisas, mas seu ato resultou em uma guerra eterna entre aqueles que desejam restaurar a ordem e aqueles que desejam destruir tudo. Os Demigods herdam os pedaços quebrados do Elden Ring e, a partir daí, se tornam governantes autoproclamados das Terras Entre, em uma luta pelo poder absoluto.
A Jornada do Tarnished
O Tarnished é chamado de volta ao mundo para restaurar a ordem ou, talvez, reconfigurá-la completamente. Em sua jornada, ele se encontra com outras figuras importantes, incluindo o misterioso Finger Maiden, que o guia e o ajuda a entender sua missão. O Tarnished também encontra outros exilados e guerreiros que compartilham do seu objetivo ou que, ao contrário, se opõem à restauração do Elden Ring.
Cada território das Terras Entre está sob o controle de um ou mais Demigods, todos tentando impor sua própria visão do futuro. Mas os Demigods não são a única ameaça. O Tarnished também precisa enfrentar Rykard, o Senhor das Serpentes, que, após ser corrompido pela busca pelo poder absoluto, agora habita um reino de morte e destruição.
Além disso, figuras como Radahn, o Senhor das Estrelas, e Miquella, que busca transcender sua própria natureza e o sofrimento de seu corpo, também desafiam o Tarnished. Cada um desses personagens tem sua própria visão sobre o que deve ser feito com o Elden Ring, e a luta contra eles se torna uma maneira de o protagonista se aproximar de seu objetivo.
O Ciclo de Morte e Ressurreição
O tema de morte e ressurreição permeia a jornada. As Terras Entre, antes um reino de ordem, estão agora repletas de corrupção, com a morte e a destruição se tornando parte do ciclo natural. No entanto, a morte não é definitiva. O Tarnished, ao longo de sua jornada, encontra um mundo onde a morte é mais uma etapa no ciclo de existência do que um fim. Esse conceito de renascimento e de ciclos eternos é uma parte central da história, pois as entidades divinas estão presas a suas próprias existências cíclicas.
O Final: Escolhas e Consequências
À medida que o Tarnished avança em sua jornada, ele acumula fragmentos das Grandes Ruínas e enfrenta os Demigods em uma série de batalhas épicas. No final, o Tarnished é confrontado com uma escolha crucial que definirá o futuro das Terras Entre.
Se o Tarnished decidir restaurar o Elden Ring, a ordem será restaurada, mas a estabilidade será apenas temporária. O ciclo da existência continuará, e as forças divinas serão restauradas, com o Elden Ring ocupando novamente seu lugar. Esse final sugere que, embora o mundo tenha sido corrompido, a verdadeira paz só pode ser alcançada através da continuidade do que foi.
Se, por outro lado, o Tarnished escolher destruir o Elden Ring, ele pode trazer uma nova era de liberdade, mas também de caos. A destruição do Elden Ring significaria o fim da ordem cósmica, e o mundo seria moldado de acordo com as forças da liberdade absoluta. Isso traria uma nova era de incerteza, onde as regras divinas seriam quebradas e a realidade se tornaria fluida e mutável.
Outra possibilidade seria criar uma nova ordem, onde o Tarnished, após reunir as Grandes Ruínas, reconfigura o Elden Ring de maneira que se alinhe com sua própria visão. Isso poderia resultar em uma nova era, mas com as consequências de mudar profundamente a natureza das Terras Entre.
O Fim da Jornada
Assim, a história de Elden Ring não é apenas sobre restaurar a ordem ou destruir o que existe. É também sobre as escolhas que o Tarnished faz ao longo de sua jornada e como essas escolhas refletem as complexas relações de poder, destino e livre-arbítrio que definem o mundo. A destruição do Elden Ring e o retorno do Tarnished representam não apenas a batalha contra forças divinas, mas também a luta interna do protagonista sobre o que é certo e o que deve ser feito com um mundo à beira do colapso.